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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Como foi viajar para Itália?

Quem me conhece sabe de minha paixão em meu encanto pela Itália. País que adotei de coração e que sempre me fascina pela diversidade de sua beleza natural, pela receptividade de seu povo, sua história cultural vasta e sobretudo por sua gastronomia.

Desde que soube de minha condição celíaca, há um ano e meio, eu pensava: Como farei em minha próxima visita à Itália? Como será possível comer em um país onde a pasta, o pão e a pizza estão em todas as mesas?

Com a possibilidade de realizar uma nova viagem à Itália este ano, pude me encontrar frente à este desafio. 

Quando dizia às pessoas que iria para Itália por inúmeras vezes ouvi: Nossa! vai ser difícil! O que você vai comer? 

E como foi viajar para a Itália? 
Poderia responder com sincera tranquilidade que foi bastante fácil.
Meu roteiro nesta viagem incluiu cidades do Piemonte e Vale D'Aosta.


Cidade de Barolo, Museu do Vinho

De modo geral,  foi bastante fácil obter informações sobre a realização dos pratos e seus ingredientes e a solicitação para o cuidado na realização do pedido foi sempre bem recebida.

Na Itália, como aqui no Brasil, há um grande número de celíacos. O país tem a mesma taxa de incidência por habitantes que encontramos em todo o mundo (1:100), ou seja um indivíduo em cada cem. Estima-se que sejam diagnosticados 85 mil pessoas a cada ano.

Na Itália há 1200 estabelecimentos que podem atender o celíaco com segurança, entre hotéis, pousadas, restaurantes, doceiras e sorveterias.  E o país possui catalogados 1736 produtos sem glúten catalogados sob registro nacional de alimentos (fonte www.celiachiaitalia.com).

Para quem não fala italiano, aconselho instalar o aplicativo GFCard em seu aparelho celular para garantir uma boa compreensão em caso de  dúvidas (Há tradução para todas as línguas). 

O cardápio dos restaurantes italianos geralmente apresentam algumas  opções sem glúten como antipasto ou saladas. O problema maior é primo piatto que geralmente é composto por uma massa. Em muitos restaurantes que visitei o garçon informou que havia a opção de massa sem glúten ( que por lá são muito boas!). Em outros casos, pode ser interessante pedir um risoto ou polenta no primeiro prato. 
No segundo prato normalmente temos carne, frango ou peixe, muitas vezes grelhados, e seus acompanhamentos/ contorni são vegetais. 
Como sobremesa, certifique-se de escolher um gelatto ou sorbet sem glúten ou mesmo a pannacotta.

Os italianos valorizam muito sua culinária e de forma geral têm muito orgulho daquilo que produzem. Em quase todos os restaurantes, independente de sua faixa de preço, procura-se agradar o cliente, recebendo-o bem e oferecendo o melhor. Esta mesma cultura de atendimento foi o que encontrei nesta viagem com esta nova restrição.

Posso dizer que tive muitas experiências surpreendentes e agradáveis. 

Para aqueles que não falam italiano, mas planejam viajar, aconselho também buscar conhecer um pouco do vocabulário gastronômico da região que irá visitar, ou mesmo levar um pequeno glossário, para estar familiarizado com os ingredientes na escolha de seus pratos. 

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