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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Quando as coisas não dão certo!!!

Tenho como princípio na construção da matérias do blog incluir somente dicas e sugestões de restaurantes onde tive boas, ótimas e excelentes experiências.


Acredito que um veículo de formação de opinião que procure orientar as pessoas quanto às necessidades e especificidades da alimentação sem glúten tenha melhor alcance quando buscamos definir boas práticas de atendimento e serviço dos clientes.

Mas sabemos que nem sempre temos experiências positivas. Quando saímos para comer fora de casa, muitas vezes torna-se uma tarefa extenuante e cercada de preocupações quanto ao preparo dos alimentos e da possibilidade de contaminação cruzada.

Decidi, então, relatar o que ocorreu quando fui conhecer o novo restaurante, de um importante grupo de consagrados restaurantes de São Paulo. Por uma atitude ética pessoal, não irei declarar o nome do local.

Desde minha chegada, à mesa reservada, senti o serviço de certa maneira apressada na tentativa de recolher o pedido de bebidas e encaminhar o pedido da mesa. Ok! Isso não é importante, pensei. 

Minha surpresa quando fiz meu pedido junto ao garçon, foi perceber que ele desconhecia totalmente as restrições alimentares do cliente que não pode ingerir glúten. Sim, isso é comum, acontece toda hora....

Na verdade, ao relizar meu pedido, começo sempre explicando ao garçon que não posso ingerir farinha de trigo em qualquer quantidade na preparação do alimento, antes de relatar que não posso ingerir glúten, já  que nem sempre todos sabem do que se trata.

Para meu espanto ele me sugeriu comer um filé com legumes ou salada, mesmo havendo inúmeros outros pratos no cardápio que não tinham ingrediantes com glúten. Quando perguntei sobre o risoto, o funcionário perguntou se eu poderia comer presunto parma, que fazia parte da preparação do prato.  



Confesso que fiquei bastante insegura em continuar o jantar, mas insisti que o garçon fosse à cozinha perguntar sobre os ingredientes que compunham o meu prato. O garçon apesar de não conhecer bem o cardápio para garantir uma boa escolha, voltou da cozinha com a informação necessária. 

Assim o jantar prosseguiu. O prato escolhido estava bom, mas o serviço estava desatento. Desisti da sobremesa.

Quem não está acostumado com a rotina que as pessoas que convivem com qualquer tipo de restrição alimentar ou alergia tem, não deve entender estas considerações. Mas tenho certeza de que aqueles que apresentam estas preocupações sabem que o risco de um possível problema começa com aquele que primeiro nos atende e que deveria, mas não está informado.

O trabalho de conscientização e orientação das equipes que trabalham no segmento de produtos e serviços alimentares é de fundamental importância. As equipes precisam ser orientadas quanto aos problemas alimentares e entender da preparação dos pratos que são servidos aos seus clientes.

Dados da Organização Mundial de Saude apontam a prevalência de 4% de pessoas intolerantes ao consumo de glúten na população. O que isto representa quando pensamos no número de pessoas que irá escolher este ou aquele lugar para realizar suas refeições?  Esta é uma reflexão que gostaria de deixar em pauta.

O cliente com restrição alimentar, seja ela alérgica, de isenção glúten, vegetariana, sem lactose, por interdição religiosa a exemplo, sempre está acompanhado. Sua família, seus amigos, seu companheiro ou sua namorada participam juntos desse problema e convivem cotidianamente com as dificuldade que qualquer restrição alimentar impõe. 

Uma vez li num texto americano de orientação aos restaurantes, que atender bem um cliente celíaco é garantia para que ele volte e que toda sua família e amigos venham com ele muitas outras vezes.
Fica aí a minha dica!  




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